Política

Gabrielli: Interferência na Petrobras foi sobrevivência política e não recuo na agenda liberal de Bolsonaro

Antonio Cruz / Agência Brasil
Bnews - Divulgação Antonio Cruz / Agência Brasil

Publicado em 03/03/2021, às 06h41   Redação BNews


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Ex-presidente da Petrobras, o baiano José Sergio Gabrielli disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a decisão de Jair Bolsonaro de interferir no comando da estatal foi uma estratégia de sobrevivência política, e não necessariamente significa um recuo na agenda liberal do governo.  

“O principal elemento do programa econômico de Bolsonaro é ultraneoliberal e contrário à atuação direta do Estado na economia. A resposta [ao reajuste dos combustíveis] foi muito mais política do que de mudança de trajetória para o que ele quer com a Petrobras”, disse Gabrielli, presidente da estatal durante 6 anos e meio entre 2005 e 2012, nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Hoje ligado ao Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Gabrielli concorda com a necessidade de mudar a política de preços, principal razão pela qual Bolsonaro decidiu trocar o economista liberal Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna.

Também faz coro à necessidade de que a Petrobras tenha um papel social e não olhe apenas para os acionistas, como disse o próprio general logo após ser escolhido por Bolsonaro.  Isolado em Salvador desde o começo da pandemia, ele ainda criticou a composição pró-mercado do atual Conselho de Administração da estatal

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