Associação vai à CVM reclamar de salário do presidente da Petrobras

A Associação Brasileira de Investidores (Abradin), comandada por Aurélio Valporto, que entrou em grandes disputas como os casos da Embraer e das empresas de Eike Batista, agora estuda entrar com um processo contra Petrobras, segundo apurou a coluna Painel, da Folha de São Paulo.

A entidade quer entrar com reclamação na CVM pedindo que se apure transação de partes relacionadas na Petrobras, entre a diretoria e a companhia. O questionamento é sobre o valor da gratificação do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que Bolsonaro resolveu trocar. O próprio Bolsonaro levantou o assunto quando anunciou a substituição, questionando que ele fez home office na pandemia, mesmo ganhando salário de “mais de R$ 50 mil por semana”.

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A gestão Castello Branco promoveu mudanças na política de remuneração da estatal, privilegiando a bonificação de executivos em detrimento dos empregados sem cargo de chefia. Em caso de cumprimento de todas as metas estabelecidas, o presidente da companhia pode ter até 13 salários a mais em um ano.

O assunto também foi insumo de ataques feitos a Castello Branco por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. ​Procurada pela coluna da Folha, a Petrobras afirma que o pacote de remuneração dos diretores foi aprovado em assembleia de acionistas.