Política

Após defesa de Lula, advogados de Cabral pedem acesso a conversas de Moro com Deltan na Lava Jato

Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão
Os advogados de Cabral alega que as mensagens que já foram divulgadas na imprensa apontam que “o sigilo obrigatório nos acordos de colaboração premiada foi violado”  |   Bnews - Divulgação Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão

Publicado em 30/01/2021, às 14h48   Redação BNews


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A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, encaminhou na última sexta-feira, 29, um pedido ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ter acesso a conversas trocadas pelo então juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

A solicitação acontece depois que Lewandowski determinou à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, em dezembro, que assegurasse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o compartilhamento das mensagens coletadas pela Operação Spoofing, que apura a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades, como Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.

“As mensagens trocadas entre o juiz Sergio Moro, então titular da 13ª. Vara Federal  de Curitiba, responsável pelos casos da Lava Jato, e o Procurador da República coordenador da operação, Deltan Dallagnol, revelam possível combinação entre a acusação e o magistrado, além de violação ao dever de confidencialidade”, escreve o advogado Marcio Delambert no pedido.

Os advogados de Cabral alega que as mensagens que já foram divulgadas na imprensa apontam que “o sigilo obrigatório nos acordos de colaboração premiada foi violado”. No documento, o advogado do ex-governador se refere especificamente à delação dos executivos da Andrade Gutierrez, os primeiros a citarem o ex-governador, hoje condenado a mais de 300 anos de prisão. Os executivos detalharam que o ex-emedebista exigia propina de 5% dos valores dos contratos.

“Assim, resta inequívoco o interesse jurídico do ora requerente em ter acesso a tudo que consta na presente ação, sobretudo, por ser beneficiário de eventual decisão proferida nos autos, em especial pelos indícios de violação da confidencialidade do acordo de delação premiada dos executivos da AG e suspeição do magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba”, escreve a defesa de Cabral ao pedir acesso às mensagens que lhe dizem respeito.

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