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"Quero fazer uma administração compartilhada", diz futuro presidente da Assembleia, após embate com PP

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Adolfo Menezes assumiu que a AL-BA vai passar, mais uma vez, por um ano complicado, apesar do início da vacinação contra a covid-19 na Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/01/2021, às 15h34   Pedro Vilas Boas



Evitando dar declarações públicas desde que o imbróglio pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) teve início - em meados de julho de 2020 -, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), que já reuniu apoio suficiente para se eleger presidente da Casa, falou ao BNews nesta quarta-feira (20). O parlamentar afirmou que fará uma "administração compartilhada".

"Pretendo fazer uma administração compartilhada, ouvindo todo mundo sem tomar decisões sozinho", disse Menezes, que irá suceder o atual presidente da AL-BA, deputado Nelson Leal (PP).

Mesmo com o aval do governador Rui Costa (PT), um acordo que destinava a presidência do Legislativo baiano a Adolfo Menezes chegou perto de não ser cumprido. O PP do vice-governador João Leão ameaçou romper as tratativas e tentar a reeleição de Leal, ou lançar um novo nome. Chegou a anunciar Niltinho como candidato, mas recuou após interseção de Rui, que cedeu aos pepistas a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) - que ficará assumida por Nelson Leal - e Casa Civil - que será ocupada por Leão.

"Fator pandemia"

Adolfo Menezes assumiu que a AL-BA vai passar, mais uma vez, por um ano complicado, apesar do início da vacinação contra a covid-19 na Bahia. "Vamos ter um ano novamente prejudicado. [...] Estamos ainda engatinhando na questão das vacinas. Então, alguns deputados querem que a Assembleia volte. O que posso falar é que vou fazer o que a maioria decidir, mas, primeiramente, ouvindo as recomendações médicas", disse o futuro presidente.

O candidato do senador Otto Alencar - presidente do PSD na Bahia - espera conseguir realizar sessões mistas da Casa, quando parte dos deputados participam à distância, enquanto outros frequentam a Assembleia.

"Acho que a gente pode fazer misto. O restaurante não pode voltar, tem que ver como vai fazer com os funcionários, o transporte também...Caso dê tudo certo no dia 1º [eleição], vamos fazer reunião pra chegar no meio termo", completou Menezes.

O deputado ainda lamentou o que avaliou como uma dificuldade imposta pela própria Constituição baiana, que impede os deputados de aprovarem projetos que elevem as dispesas do Executivo.

"Todo mundo sabe que é muito complicado. Os principais projetos que são votados agora, ou há 10 anos, vêm do Executivo, até pela Constituição, somos proibidos de elevar dispesas do governo. Então...claro que o dia a dia da Assembleia está prejudicado, mas não deixamos de votar nada, mas você não tem as discussões presenciais, fundamentais", avaliou.

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