Antes do carnaval é assim, o clima é de pasmaceira e decisões importantes estão sendo tomadas e o dinheiro público descendo pelo vazamento que não estanca sozinho. Prova disso são inúmeras. Vamos aos fatos desta sexta-feira (20).
Em Salvador, a presidência da Câmara Municipal achou por bem, em pleno ano eleitoral, conceder uma gratificação/abono aos servidores. R$ 1mil serão depositados na conta de cada um dos servidores tanto os efetivos quanto os comissionados.
O senado, bem mais pomposo, fez diferente. De acordo com nota publicada na coluna Radar on-line, assinada por Lauro Jardim, a gratificação foi paga para todos os servidores da Casa com diploma de especialização.
Ainda segundo o jornalista da revista Veja, “por uma dessas coisas que só acontecem no Senado, um número indefinido de servidores em cargos de chefia também recebeu o mimo, que pode chegar a 30% do salário básico”
Se achou que pararia por ai, enganou-se caro leitor, o senado, sob tutela de José Sarney, sempre pode surpreender.
"Nos últimos dias, o setor financeiro da Casa levantou os números da farra com dinheiro público. Na hora de divulgá-los a surpresa: Doris Peixoto, Diretoria-Geral escolhida por Sarney para cumprir suas ordens, vetou a divulgação. Lucena desapareceu e o próprio Sarney esquivou-se dizendo não interferir em questões administrativas da Casa. Um assessor de Sarney, ao saber da decisão da diretora, respondeu assim:
- É uma cultura do Senado não divulgar as coisas para a imprensa. Ligue na Ouvidoria, que ela sim é obrigada por lei a divulgar.
Hoje, o Senado tem cerca de 3 200 servidores efetivos que poderiam receber a gratificação. A planilha de gastos de dezembro apresenta um salto de 30 milhões de reais com pagamentos de encargos em relação a novembro. O Senado omite quanto desse valor corresponde a gratificações".
Com informações de Lauro Jardim, da revista Veja
