Política

PSDB tem atuação discreta no caso Bezerra

Imagem PSDB tem atuação discreta no caso Bezerra
Os tucanos não querem se indispor com Eduardo Campos   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/01/2012, às 16h41   Redação Bocão News



A participação do PSDB de Aécio Neves na empreitada do DEM para desgastar e, se possível, derrubar o oitavo ministro da presidente Dilma Rousseff (PT) até o momento é discreta.

Como esperado por muitos articulistas políticos, os tucanos liderados por Aécio Neves não querem se indispor com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB).

Primeiro porque o senador mineiro é próximo ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e vem buscando transformar esta “amizade” em musculatura política para 2014.

A ideia é ter um aliado forte no nordeste. Neste sentido, já se ouve especulações em torno de uma dobradinha com os dois na mesma chapa na campanha presidencial.

Além desse cenário estratégico. Outro cacique do ninho tucano,  o deputado federal Sérgio Guerra, também tem uma relação estreita com Campos. Afora, o fato de que não seria de bom tom protagonizar uma “cruzada” contra um ministro que estaria beneficiando o próprio estado. Guerra é de Pernambuco.

De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, o PSDB prefere agir de forma mais comedida e trabalhar para dividir a base governista. A ideia é afasta a tradicional aliança entre PT e PSB.

Ainda de acordo com o impresso de São Paulo, o recado do PSDB ao DEM foi dado no fim de semana em conversas sobre qual estratégia adotar diante da crise envolvendo o ministro.

Enquanto o primeiro deixou claro que uma ofensiva para desestabilizar Bezerra não interessa a Aécio, o segundo manteve posição mais beligerante. Conforme o cálculo de dirigentes do DEM, seria um trunfo contra o Executivo a queda do oitavo ministro de Dilma.

Desde a semana passada, Bezerra é alvo de acusações de favorecimento no repasse dos recursos de sua pasta, nepotismo e privilégio ao filho.

Em conversas reservadas com Eduardo Campos, a base aliada e congressistas da oposição acertaram um rito que passará, até segunda ordem, só pela visita do ministro ao Congresso amanhã.

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