Política

"Mais midiática do que concreta", diz líder do governo Rui sobre comissão para acompanhar ações do Consórcio do Nordeste

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O colegiado tem a participação de parlamentares dos estados nordestinos e, na Bahia, será representado pelo deputado estadual Sandro Régis (DEM), líder da oposição na AL-BA  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/Arquivo BNews

Publicado em 06/06/2020, às 11h06   Pedro Vilas Boas



Na avaliação do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a comissão interestadual criada por deputados de oposição à esquerda no Nordeste para acompanhar as ações do Consórcio da região é "mais midiática do que concreta".

"Isso é uma medida, na minha opinião, muito mais midiática do que concreta, porque o Consórcio tem o seu estatuto, e no seu estatuto prevê a forma de controle, de fiscalização, de quais são os órgãos que estão submetidos pra fiscalizar", avaliou, em entrevista ao BNews neste sábado (6).

O colegiado tem a participação de parlamentares dos estados nordestinos e, na Bahia, será representado pelo deputado estadual Sandro Régis (DEM), líder da oposição na AL-BA. 

Em entrevista ao BNews, Régis informou que a primeira reunião do grupo deve acontecer na próxima segunda-feira (8), por videoconferência. Ao todo, 12 deputados estaduais integram a comissão.

A principal motivação para criação do colegiado foi a compra mal-sucedida feita pelo Consórcio do Nordeste de respiradores. Os aparelhos não foram entregues pela empresa Hempcare, o que resultou em prejuízo em torno de R$ 49 milhões. Em meio a este caso, inclusive, o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, deixou o cargo citado pela dona da empresa, Cristiana Prestes, como responsável pela negociação dos 300 respiradores. 

"O Consórcio tomou todas as medidas com rapidez no sentido de buscar uma solução pro problema, inclusive com ressarcimento dos valores para os estados, que é algo nesse processo...aparece muita gente querendo ganhar dinheiro às custas de atrapalhar", disse Rosemberg.

Operação Ragnarok

Três pessoas chegaram a ser presas na segunda-feira (1) durante a operação Ragnarok, da Polícia Civil da Bahia, deflagrada para investigar o caso dos respiradores não entregues. Posteriormente, foram soltas após o prazo das prisões temporárias acabar. Além das prisões, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Araraquara (SP).

De acordo com as investigações, a Hempcare nunca teve os equipamentos oferecidos na venda, conforme destacou a delegada Fernanda Asfora, coordenadora do setor de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública.

Além de não entregar os equipamentos, a empresa é apontada pela não devolução da quantia paga pelo Consórcio. Outra empresa, a Biogeoenergy também é alvo de investigações.

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