O tucano de Minas Gerais está de olho na aliança com o governador de Pernambuco
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Publicado em 05/01/2012, às 08h26 Luiz Fernando Lima
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As principais lideranças de oposição ao governo federal não costumam deixar incólume os deslizes ou possíveis deslizes de ministros ou representantes da ala governista. Esta posição vem se consolidando ao longo dos últimos nove anos. Escorregou, aparece alguém para apontar e explorar o assunto.
No caso do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), o PPS tentou, mas não parecer ter força para bancar o discurso sozinho. Do outro lado, os caciques tucanos, liderados por Aécio Neves, não se manifestaram com o corriqueiro entusiasmo, após as explicações do pernambucano.
Acontece que Minas Gerais foi um dos estados mais afetados pela chuva e Aécio teria tudo para cobrar explicações mais incisivas do ministro, mas preferiu o discrição. O governador de Minas, Antonio Anastasia também poupou Bezerra.
A medida pode ser entendida como parte da estratégia tucana para se aproximar cada vez mais do governador de Pernambuco, Educardo Campos (PSB). Cacique nacional dos socialistas e “padrinho” político de Bezerra, Campos é visto por Aécio como um possível aliado na articulação para 2014.
A aproximação fica mais evidente quando se ouve Beto Richa (PSDB), do Paraná, elogiar as ações do ministro socialista. José Serra, por outro lado, criticou. Não por acaso. Como ficou claro nas últimas eleições, os tucanos do campo paulista e do mineiro se digladiam já há algum tempo em busca da liderança do processo político interno.
Para Aécio Neves, ao que parece, a articulação com uma forte liderança do Nordeste é mais do que necessária se quiser ganhar densidade eleitoral nestas bandas. Resta saber se Campos está jogando o jogo dos tucanos ou o dele próprio. A quem diga que o socialista pensa em lançar voo solo tão logo seja possível.
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As principais lideranças de oposição ao governo federal não costumam deixar incólume os deslizes ou possíveis deslizes de ministros ou representantes da ala governista. Esta posição vem se consolidando ao longo dos últimos nove anos. Escorregou, aparece alguém para apontar e explorar o assunto.
