Política

Pernambucano empurra problema para ministro da Bahia

Imagem Pernambucano empurra problema para ministro da Bahia
Mário Negromonte ainda não havia sido incomodado neste ano   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/01/2012, às 17h43   Luiz Fernando Lima



Nos bastidores da política nordestina dois estados disputam o protagonismo das ações. A quebra de braço entre Bahia e Pernambuco é histórica e vem sendo alimentada principalmente pelos opositores do governo Jaques Wagner (PT), que entendem que o estado vizinho está crescendo mais e que governador Eduardo Campo (PSB) é mais prestigiado pelo governo federal.

Pois bem. Nesta semana o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que é de Pernambuco, entrou no olho do furacão desta disputa. Após as fortes chuvas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, e os consequentes desastres nos meios urbanos e rurais, o chefe da pasta foi acusado de favorecer seu estado.

De acordo com levantamento dos principais jornais do país, cerca de 90% dos recursos da pasta, que deveriam ser empregados em projetos para prevenção e combate de desastres naturais, como enchentes, foi destinado a municípios de Pernambuco. O ministro nega.

Quando era ministro da mesma pasta, Geddel Vieira Lima (PMDB) – atualmente na vice-presidência de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal – teve uma postura similar. Inclusive, durante a última campanha para o governo do estado, em 2010, chegou a usar este argumento em campanha.

Enfim, Bezerra está sendo pressionado e diante do desconforto, ao que parece, resolveu jogar a peteca para os baianos. O jornalista Lauro Jardim, da revista Veja, postou a informação de que um assessor do ministro pernambucano teria dito que Bezerra tem em mãos um relatório dos repasses da Integração para obras nos estados.

Ainda segundo o publicado, os números servirão para rebater as denúncias de favorecimento de sua base política. Para eles, ainda é preciso notar que a pasta da Integração está longe de ser um problema para a política antienchente.

O assessor ainda afirma que a verba da pasta é “dinheiro de troco” comparado ao orçamento bilionário que está parado nas mãos, do também pernambucano, mas que está lá como representante da Bahia, Mário Negromonte (PP), nas Cidades. 

“Está todo mundo olhando para os milhões da Integração, mas ninguém viu ainda os bilhões parados com o Negromonte. As grandes obras estruturantes estão lá”. Se a vida de Negromonte já não está fácil, agora com essa manobra dos pernambucanos pode piorar.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

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