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Caso Marielle: "Respeito à PM deve ser mantido", diz Geraldo para vereador do PSOL

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Vereador do PSOL cobrou explicações sobre morte de suspeito na Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV

Publicado em 10/02/2020, às 17h47   Henrique Brinco



O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (SD), se manifestou sobre a operação que culminou na morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em 2018. O edil se pronunciou após o vereador Marcos Mendes (PSOL) cobrar que a Casa também peça esclarecimentos ao secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, sobre o caso.

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"Não tenho procuração para defender a Polícia Militar do nosso Estado, mas é um mínimo a quem respeita uma instituição de seriedade, deveria respeitar a Polícia Militar que nos honra e é motivo de regozijo em todos os estados da federação. Então, o respeito à Polícia Militar deve ser mantido por esta Casa e por esses que cometem falácias por rede social", declarou Geraldo Júnior.

Na visão de Marcos Mendes, Adriano deveria ter sido preso, já que a inteligência da polícia sabia do paradeiro dele. "A gente acha muito estranho. [...] Matar não seria o mais necessário, já que ele era uma peça fundamental", avaliou o psolista.

A morte de Adriano
A operação envolveu equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA. Ele passou a ser monitorado por equipes da SI da SSP da Bahia, após informações de que ele teria buscado esconderijo no estado. Nas primeiras horas da manhã ele foi localizado em um imóvel, na zona rural de Esplanada. 

No momento do cumprimento do mandado de prisão, segundo a SSP-BA, ele resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido. Segundo a SSP, "o suspeito chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos". Com o foragido foi encontrada uma pistola austríaca calibre 9mm.

"Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando", comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, em nota.

Histórico
Adriano entrou para a PM no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope. Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Ele chegou a ser homenageado por Flávio com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa carioca. A mulher e a mãe de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, trabalharam no gabinete do deputado estadual.

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