Política

Novo embaixador do ecoturismo de Bolsonaro, Richard Rasmussen acumula infrações ambientais

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O total das multas, aplicadas entre 2002 e 2009, é de R$ 263,1 mil  |   Bnews - Divulgação reprodução // Instagram

Publicado em 05/08/2019, às 18h39   Redação BNews



Famoso pelas aventuras na selva e interações com animais exóticos, o apresentador de TV Richard Rasmussen foi anunciado pelas redes sociais do presidente Bolsonaro como embaixador do turismo no Brasil, com ênfase no ecoturismo. Porém, Richard já foi autuado pelo Ibama em oito infrações ligadas à fauna. 

O total das multas, aplicadas entre 2002 e 2009, é de R$ 263,1 mil e correm em processos separados na Justiça. A maior multa recebida pelo apresentador, de R$ 144 mil, data de 2004, por dar destinação ou permutar espécime silvestre sem autorização do órgão responsável.

A maioria das autuações aconteceu em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, onde Rasmussen mantinha um criadouro sem comprovação de origem dos animais e com suspeitas de tráfico. O espaço foi fechado pelo Ibama em 2005.

Em apelação ao Ministério Público Federal, o Ibama relata que, em uma vistoria feita em 2004, “faltavam diversos animais que constavam da fiscalização anterior, existindo outros que não constavam, vários micos-estrela estavam mortos na sala de atendimento veterinário e um morto no recinto, cães circulavam livremente no recinto de diversas aves e saguis, filhotes de onça eram mantidos em canil, entre outras irregularidades”.

De acordo com a Folha, o resumo da apelação lista os “seguintes danos causados à fauna: elevado número de morte de animais devido às más condições do criadouro; maus tratos, diante das condições de insalubridade, fugas, mortes por predadores, falta de cuidados veterinários e devida alimentação; nas recorrentes fugas de animais já acostumados à vida em cativeiro, sem o acompanhamento de sua devida reinserção na natureza; nos indícios de ainda maior número de mortes, fugas ou venda a pessoa sem condições de receber animais, diante da ausência de documentos de destino dos animais desaparecidos; na recepção de animais apanhados na natureza, por não haver documento comprobatório de origem lícita; nos danos causados aos ecossistemas nacionais pela introdução de espécimes exóticas”.

Em conversa com internautas promovida pelo UOL em 2008, Rasmussen admitiu que os funcionários do criadouro não mantinham registros sobre as doações de animais que recebiam ou sobre os animais que faleciam no criadouro, que, ainda segundo ele, não tinha um veterinário. No bate-papo, ele também reclama da falta de auxílio do governo para que os criadouros tenham receita.

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