Política
Publicado em 04/07/2019, às 17h56 Redação BNews
A Associação Alemã de Agricultores e deputados do Partido Verde na Alemanha, no Reino Unido e no Parlamento da União Europeia (UE) se uniram para fazer com que o princípio de acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul não vá para frente. Anunciado na última semana, os parlamentares se mobilizam nos bastidores para impedir a confirmação do documento.
De acordo com a BBC News Brasil, os deputados em questão não confiam que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) seguirá as determinações acordadas para a proteção ao meio ambiente, como implementar o Acordo Climático de Paris. Isso porque não há mecanismos legais previstos para punir o Brasil por desmatamento excessivo ou por violações de direitos humanos.
Já os agricultores alemães alegam que é injusto competir com produtos de "qualidade e custos de produção inferiores" vindos do Mercosul. O acordo somente entrará em vigor se passar por uma revisão legal de ambas as partes e se for aprovado pelos parlamentos europeu e dos 28 países do bloco.
Enquanto os oposicionistas querem bloquear o acordo, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, descreve o trato como um "momento histórico" por reunir um mercado de 780 milhões de pessoas e possibilitar que a UE economize 4 bilhões de euros por ano em tarifas comerciais.
Para isso, o documento acaba com a maioria das tarifas para exportações industriais da UE ao Mercosul, a exemplo das taxas para automóveis (que pagam atualmente 35%), autopeças (entre 14% e 18%), maquinário (14% a 20%), produtos químicos (até 18%) e produtos farmacêuticos (até 14%), entre outros. Além disso, organizações europeias poderão participar de contratos de vendas para governos sul-americanos.
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