Política

Bolsonaro recebe Moro e diretor-geral da PF em meio a desgaste com vazamento

Antonio Cruz/ Agência Brasil
Não foi informado o assunto tratado por eles   |   Bnews - Divulgação Antonio Cruz/ Agência Brasil

Publicado em 12/06/2019, às 16h46   Folhapress



O presidente Jair Bolsonaro recebeu o ministro Sergio Moro (Justiça) pelo segundo dia seguido em meio às repercussões do vazamento de uma troca de mensagens do ex-juiz da Lava Jato com o procurador Deltan Dallagnol.

O encontro, que não estava previsto inicialmente nas agendas, teve a participação também do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

Os três se reuniram às 12h no Palácio do Planalto a pedido de Bolsonaro, segundo a assessoria de imprensa da Presidência. Não foi informado o assunto tratado por eles.

O vazamento de mensagens de Moro e de outras pessoas que atuaram na Lava Jato é alvo de ao menos quatro investigações conduzidas pela PF.

A conduta de Moro como ex-juiz da Lava Jato tornou-se alvo de discussões após o site The Intercept Brasil ter publicado no domingo (9) conversas entre o ministro com Dallagnol nas quais eles trocavam colaborações sobre a Lava Jato.

Moro, que hoje é ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi o juiz responsável pela operação em Curitiba. Ele deixou a função ao aceitar o convite do presidente, em novembro, após a eleição. O site informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram, de 2015 a 2018.

Desde que mensagens que o conteúdo foi publicado, Bolsonaro ainda não comentou o caso. Ele encerrou abruptamente uma entrevista, em São Paulo, quando foi questionado sobre o tema.

Na terça (11), o presidente recebeu seu ministro no Palácio da Alvorada para um breve encontro, que durou cerca de 20 minutos. Apenas Moro se manifestou sobre o encontro e disse ter sido uma conversa "tranquila".

Apesar do silêncio de Bolsonaro, seus filhos e familiares vêm defendendo o ministro e falam em "ação orquestrada" contra ele e contra a Lava Jato.

Para minimizar as críticas, Moro se apresentou voluntariamente para prestar esclarecimentos ao Senado na próxima semana para evitar um constrangimento maior, como uma convocação.

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