Política

Rui se exalta ao falar de alteração em gratificação dos professores: "É por isso que estou fazendo as mudanças"

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Chefe do executivo estadual foi questionado sobre as medidas de austeridade não trariam impacto negativo logo no início do novo mandato  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 17/12/2018, às 16h13   Henrique Brinco e Bruno Luiz



O governador Rui Costa (PT) minimizou as críticas a respeito da aprovação do "pacotão" de medidas de austeridade fiscal para reequilibrar as contas do Estado e se exaltou ao falar da aprovação do projeto que altera a gratificação dos professores, aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Durante a diplomação dos deputados, no Teatro Castro Alves, na tarde destas segunda-feira (17), o chefe do executivo estadual foi questionado se as medidas trariam impacto negativo logo no início do novo mandato.
"Nós vamos começar o segundo mandato carregado de inaugurações e início de obras. Vamos inaugurar, por exemplo, o novo aeroporto de Vitória da Conquista, que é uma grande obra sonhada por toda a região. Vamos iniciar a obra do novo Clériston Andrade, em Feira de Santana. Vamos iniciar em janeiro mais cinco quilômetros de metrô, além das obras do VLT. Além de mais 10 policlínicas, que entrego até o mês de abril. Então, o ano vai começar com muitas ações positivas", disse o petista.
"Os ajustes têm que ser feitos. Dezoito estados atrasaram salários e nesse momento seis não pagam salários, 13º salário. E a Bahia vai seguir pagando um dos três maiores salários para professores do Brasil. 51% dos professores na Bahia recebem mais de 8 mil reais", justifica. "O que eu quero fazer é o que outros estados já fizeram, vinculando a gratificação ao crescimento dos indicadores de educação", completa.
Indagado pelo BNews sobre o levantamento do Ideb 2017, que apontou a Bahia como o pior ensino médio do Brasil, Rui exaltou-se: "É por isso que eu estou fazendo as mudanças". Ele negou que haja contrassenso entre ter prometido na campanha melhora na educação e o projeto de reduzir a gratificação dos professores. "É tão valorizado que 64% da categoria alcançou o teto máximo da gratificação. O que eu quero é vincular, como é no Instituto Federal de Educação, a  gratificação ao índice de desenvolvimento educacional".
Mais cedo, APLB-Sindicato divulgou nota em que lamenta a aprovação, na AL-BA, do projeto que altera gratificações aos professores. Em nota, entidade já adiantou que "vai reagir" e ameaça começar o ano letivo de 2019 em greve.
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