Levi Vasconcelos no Bocão News

Deu na coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, assinada pelo jornalista Levi Vasconcelos, nesta sexta-feira (29):

Dilma, Serra e pauleira

Duda Mendonça, o baiano que se tornou o guru do marketing político, cunhou a frase "Quem bate perde", para dizer que o povo não gosta de político agressivo e o agressor está fadado à derrota. A regra calhou bem aplicada a Lula, em 2002, que até então (junto com o PT) batioa a torto e a direito em Deus e o mundo. Nasceu o Lulinha paz e amor.
Mas a literatura esdtá recheada de exemplos: moderar ou bater, convém ou não a depender das circunstâncias. Dois exemplos caseiros: em 2008, João Henrique só fez bater e ganhou. Agora, em 2010, Jaques Wagner não bateu e ganhou. Geddel, Paulo Souto, Bassuma e Marcos Mendes só bateram. E perderam.
Na campanha 2010 algo curioso. No primeiro turno Serra bateu (Erenice, quebra de sigilos, ligação com José Dirceu), Dilma não.
Outro estigma do marketing ruiu. Semprte se disse que bater em mulhger é problemático. Não foi (talvez por Dilma não encarar a figura da mulher clássica, o "sexo frágil", entre a Dilmão e a Dilminha pega mais a Dilmão).
O também baiano João Santana, o Patinhas, marqueteiro dela, amigo e da mesma escola de Duda, até resistiu fazê-la entrar na onda pauleira. Cedeu às pressões de Lula, que na reta final do mandato mandou às favas o Lulinha paz e amor e reabilitou o Lula pauleira. Dilma começou a bater. Foi para o "tudo ou nada". O tom marcou a campanha até o fim.
Hpje, a epopeia eleitoral 2010 termina com o debate da Globo. Não será diferente.
Em tempos: já apareceu gente para dizer que "Mulher que não bate, cai". 

O nervosinho de Sapeaçu - Complementando uma matéria, a repórter Cristina Santos, da Sucursal de A Tarde em Santo Antônio de Jesus, ligou para o prefeito de Sapeaçu, George Góes (PP):
-Prefeito, o senhor tem os documentos que comprovam irregularidades no Hospital Nossa Senhora da Conceição?
Respeondeu aos berros:
- Tenho! Já lhe falei que tenho!
-Calma prefeito...
- Calma uma p...! Você foi comprada, sua vagabunda!
Já pensou se a pergunta fosse sobre um dos cinco processos que ele responde por impobridade (leia-se corrupção)? Saía tiro.


O deputado federal recém-eleito Jânio Nâtal (PRP) já teve sua candidatura liberada com base na Lei da Ficha Limpa. Aliás, a bem da verdade, todos os acusados por contas rejeitadas tem sido liberados pelo TSE, que está apreciando caso a caso todas as situações.