Política
Publicado em 24/01/2018, às 06h56 Redação BNews
O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, também foi questionado pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre o uso de algemas nos pulsos e correntes nos pés do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral quando ele foi transferido do Rio a Curitiba. Ouviu as explicações, mas considera que o caso não está encerrado. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha.
Segundo a publicação, o ministro achou as explicações genéricas. "O presidente [Michel] Temer estava aborrecido e eu também fiquei surpreso", diz Jardim. "Como advogados, sabemos que o uso de algemas, de acordo com súmula do STF [Supremo Tribunal Federal], só pode ocorrer com justificativas objetivas como risco de fuga ou resistência. Nada disso me foi descrito", diz.
Ainda segundo o jornal, antes de qualquer providência, no entanto, ele vai esperar que a PF dê explicações detalhadas à Justiça, que pediu ao órgão esclarecimentos sobre o episódio.
De acordo com a publicação, Jardim recebeu manifestações de "surpresa" de advogados e magistrados de todo o país. Um dos que enviaram mensagens foi o ministro Gilmar Mendes, do STF, que participou da determinação que proíbe o uso injustificado de algemas.
A coluna revela também que nos bastidores do governo chegou a informação de que Cabral teve uma crise de choro e chegou a implorar para não ser transferido do Rio. O ministro diz que desconhece o que ocorreu no dia.
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