Política

PSB realiza encontro e lança revista sobre economia criativa

Divulgação
Encontro aconteceu em São Paulo  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 09/11/2017, às 12h46   Redação BNews



O PSB reuniu um grupo de professores, pensadores, empresários e filiados nesta quarta-feira (8), em São Paulo, para apresentar a sexta edição do Boletim Conjuntura Brasil, publicação produzida pela Fundação João Mangabeira, que é um braço do partido. A revista, lançada no evento que foi realizado na Escola Britânica de Artes Criativas (Ebac) e contou com a participação do vice-governador de São Paulo, Márcio França e do presidente da FJM e ex-governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, apresenta o conceito de Socialismo Criativo.

Com textos escritos pelo ex-deputado federal e atual presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli, o documento apresenta a Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento. A revista aponta caminhos para o enfrentamento da crise econômica, a relação do turismo com a criatividade e traça desafios para a elaboração de políticas públicas antenadas com o segmento.  “A indústria está reduzindo a sua participação na economia em todo o mundo. Nos anos 50, um terço da população americana trabalhava em fábricas e hoje são apenas 3%”.

Para Leonelli, o Brasil precisa de um projeto nacional. Segundo ele, o último governo a fazer isso foi o de Getúlio Vargas, na primeira metade do século XX. “Precisamos de um projeto de revolução para juntar a juventude com a antiguidade e a Economia Criativa, que junta o artesanato do Nordeste com os softwares e games, cujo Brasil é o quarto consumidor no mundo e é apenas o 15º produtor. Assim, a Economia Criativa terá um papel importante até para a renovação do nosso Parque Industrial”, afirmou.

Já o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, considera o Socialismo Criativo como um instrumento necessário para o modelo nacional de desenvolvimento do Brasil. “Entramos na quarta Revolução Industrial, onde o trabalho menos qualificado será executado por máquinas. Por isso, precisamos vincular a criatividade à política industrial e à valorização do capital humano. A Economia Criativa precisa ser um instrumento de inclusão e não de ampliação das desigualdades”, disse.

Secretário da Cultura de São Paulo, José Luis Penna, lembrou que nos anos 1990, o ex-primeiro ministro britânico, Tonny Blair, já havia alertado que a música rendia mais que a indústria do aço para o seu País. Ele também criticou a ausência de políticas públicas para o setor no Brasil.

A pesquisadora e especialista em Economia Criativa, Claudia Leitão, também criticou a ausência de políticas públicas para impulsionamento do setor e lembrou que o Governo Federal chegou a criar e extinguir numa mesma gestão a Secretaria Nacional de políticas para o setor. “Sem a criatividade, aliada à cultura e educação não superaremos o momento que o País está vivendo e dificilmente alcançaremos o desenvolvimento”.

“A economia criativa como estratégia de desenvolvimento seria um passo gigantesco para o nosso País, pois o Brasil ganharia protagonismo no mundo. É uma iniciativa importante para o setor público, iniciativa e, principalmente para o setor de Educação”, avalia o diretor da Ebac, Maurício Tortosa.

Titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, o socialista Vivaldo Mendonça afirmou que o Boletim Conjuntura Brasil assegura aos integrantes do PSB a possibilidade de se apropriar de conceitos que possam transformar as vidas das pessoas. 

A prefeita do município paulista de Monteiro Lobato, que tem 4 mil habitantes, Daniela Brito (PSB), disse que a Economia Criativa está presente em diversas ações do poder público. Ela foi convidada pelo chefe de gabinete da Secti, Rodrigo Hita, para apresentar os exemplos da sua cidade aos prefeitos do PSB baiano.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp