Política

Aécio se comportou como um pilantra, condena o senador Requião

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Senador ainda classificou a relação do Planalto com o Congresso de "quitanda"  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/10/2017, às 19h37   Juliana Nobre



Polêmico em suas colocações, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disparou sua metralhadora contra o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB), a relação entre o Planalto e o Congresso entre outros assuntos, durante entrevista ao programa Se Liga Bocão da rádio Itapoan FM, na noite desta quarta-feira (4). 

Requião afirmou que o Senado não está defendendo o tucano, ao votar o afastamento do senador tucano determinados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada. “As acusações contra ele [Aécio] são pesadas, ele se comportou como um pilantra e ele tem que ser julgado e preso. Mas o Supremo afastou o Aécio sem consultar o Senado. Não se pode fazer isso. São os excessos da Justiça. Os agentes públicos estão cometendo abusos. Senão temos que fechar o Congresso e entregar a eles para legislarem. Mas isso não quer dizer que defendemos o Aécio”.

O senador criticou o presidente Michel Temer por fazer uma maratona de reuniões com cerca de 50 deputados federais, uma semana após chegar à Câmara a segunda denúncia contra o presidente. “O Congresso e o Planalto viraram uma quitanda. O Temer reúne o pessoal com seus ministros, oferece emendas, cargos, numa negociação explícita e vergonhosa”.

Requião ainda reprovou a comemoração do ministro Antonio Imbassahy por uma queda no índice de desempregados. “Acho uma coisa terrível. Eles perderam o limite das coisas, liquidaram a CLT, estão tentando transformar o Brasil em um capital financeiro social, com pessoas escravizadas”.

ACM Neto

Ao falar sobre o DEM e o crescimento do prefeito ACM Neto em pesquisas, Requião brincou: “se ele tem crescido muito então está com 1,60m agora”. “Não acompanho ACM Neto, mas tenho acompanhado as denúncias. Ele está numa situação complicada, muito ligado a Geddel, e não sabemos os donos daquelas malas no apartamento de Mandrake”.

Para o senador, o discurso de renovação da política com novos nomes não muda o contexto. “O que o país quer é uma política séria, independente da idade”, defendeu.

PMDB

Roberto Requião defendeu a saída dos peemedebistas que estão negociando cargos em troca de voto na denúncia contra Temer. O senador paranaense está respondendo a um processo de expulsão da sigla solicitado pela ala de juventude do partido. O motivo alegado é que o senador estaria descumprindo os princípios e as teses defendidas pelo PMDB. 

Ao ser questionado se prefere ser expulso ou sair do partido, envolvido em escândalos, ele apontou: “a minha opção é muito clara, o meu PMDB é aquele das bases, que enfrentou a ditadura, que está no coração de milhares de peemedebistas e não tem nada a ver com aqueles que estão no Congresso e se corromperam e estão vendendo o Brasil. Negociando cargos e vantagens. Eu fico no PMDB porque sou resistente. Quero que saiam os outros”.

Sobre a possibilidade de Imbassahy ingressar na legenda, Requião refutou. “Seguramente não é o meu partido. O Imbassahy é ministro do atual governo. E esse governo é uma vergonha absoluta. Eu não conheço muito o PMDB na Bahia, mas espero que tenham bases nacionalistas e espero que deem a mão para a gente”.

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