Política

Em oito meses, secretários de Neto embolsam R$ 331,7 mil em jetons; Souto lidera

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Ao BNews, o prefeito ACM Neto minimizou os valores pagos aos auxiliares  |   Bnews - Divulgação Valter Pontes/Agecom/Divulgação

Publicado em 03/10/2017, às 13h39   Aparecido Silva



Os secretários municipais com assentos nos conselhos administrativos e fiscais de empresas públicas de Salvador receberam, entre janeiro e agosto deste ano, receberam R$ 338.771,03 em jetons. Por cada encontro mensal, cada secretário recebe R$ 6,8 mil por participação em conselho administrativo e R$ 2 mil nos conselhos fiscais.

Os dados foram obtidos pelo BNews junto à prefeitura de Salvador por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e mostram que o secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto, é o campeão em recebimento de jetons. O ex-governador da Bahia recebeu nestes oito meses o montante de R$ 138,3 mil por participação em conselhos da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb) e Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel).

Com participação nos conselhos da Limpurb e Desal, o secretário da Casa Civil, Luiz Carreira recebeu R$ 92.789,76. O titular da Secretaria de Mobilidade, Fábio Mota, foi o terceiro com maior recebimento dos valores com um montante de R$ 31.150,79 por participar de conselhos da Cogel e da Empresa Salvador Turismo (Saltur).

Almir Melo Júnior, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, levou R$ 23.197,44. Thiago Dantas, da Secretaria de Gestão, recebeu R$ 21.432,96 no período analisada. José Antônio Rodrigues, da Saúde, e Ivete Sacramento, da Secretaria e Reparação, receberam R$ 15.942,40 cada.

Em 2016, foram pagos aos secretários com cadeira em conselhos fiscal e administrativo um montante de R$ 576.198,22.

Questionado pela reportagem do BNews na manhã desta terça-feira (3), durante entrega de uma escola no Novo Marotinho, o prefeito ACM Neto (DEM) minimizou os valores pagos aos secretários por participação em conselhos.

"Os jetons existem para remunerar os profissionais que participam dos conselhos das empresas públicas. Isso funciona nos campos municipal, estadual e federal. São pessoas técnicas, que têm a qualificação para fazerem o trabalho e colaborar na análise, seja do dia a dia da empresa, seja do seu balanço financeiro, na definição de políticas. É a regra que vale para todo o Brasil, não tem porque ser diferente aqui em Salvador", disse o gestor.

Colaborou o repórter Guilherme Reis

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