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São Gonçalo: após falsificação de documento, cartório registra notícia-crime para investigar selos alterados

Imagem São Gonçalo: após falsificação de documento, cartório registra notícia-crime para investigar selos alterados
Prefeito Carlos Germano foi acusado de assinar documentos com empresas durante sua campanha eleitoral em troca de garantir licitações a essas empresas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/09/2017, às 20h16   Juliana Nobre



Após declarar que documentos supostamente assinados pelo prefeito de São Gonçalo dos Campos, Carlos Germano (PP), foram falsificados, a defesa do gestor requereu ao Tribunal de Justiça da Bahia a instauração de inquérito policial. Os advogados do pepista apontam que os selos de reconhecimento de firma oriundos do 12º cartório de notas, de Salvador, foram alterados.

O prefeito foi acusado por um empresário do município de assinar documentos com empresas durante sua campanha eleitoral, no ano passado, em troca de garantir licitações a essas empresas, caso vencesse o pleito, sua assessoria enviou nota esclarecendo o caso.
A defesa de Germano afirma que “a numeração dos selos foi gerada pelo Tribunal de Justiça e recebidas pela serventia no ano de 2017, enquanto que os atos praticados nos quais constam os selos datam de 2016.”

Ao BNews, o advogado do prefeito, Alano Frank  apontou perseguição política e classificaram o documento como “peça de horrores e um passeio pelo código penal”, já que os crimes perpassam por falsificação de documentos, calúnia, difamação, entre outros. Ainda de acordo com a defesa, Carlos Germano se diz ameaçado e teme pela família.

O cartório, localizado em Salvador, emitiu certidão declarando que não existe no acervo da serventia a firma de José Carlos da Silva Araújo (nome do prefeito). O cartório decidiu registrar notícia junto ao Ministério Público do Estado da Bahia “para que seja investigado o falso reconhecimento de firmas em documentos”.

“Conforme apurado pelo Núcleo de Compliance do 12º Ofício de Notas, os documentos divulgados pela imprensa e supostamente registrados pelo cartório trazem selos verdadeiros, mas que, no entanto, foram produzidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia muito depois da data informada. Em declaração divulgada nesta segunda-feira (18), a serventia informou que os selos em questão “jamais poderiam ter sido utilizados na data de 01/11/2016, uma vez que os mesmos somente foram gerados” pelo TJ-BA e recebidos pelo cartório em 19/06/2017 e em 14/08/2017”, informa a nota.

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