Na manhã desta quinta-feira (18), o nome do presidente estadual do PMDB na Bahia e deputado federal, Lúcio Vieira Lima foi ventilado na imprensa brasiliense como cotado para assumir a liderança do partido na Câmara. A especulação, negada pelo parlamentar em conversa com a reportagem do
Bocão News, surgiu após uma reunião na qual estiveram presentes 35 dos 78 deputados da legenda.
De acordo com Lúcio, o encontro serviu para que parte da bancada peemedebista discutisse a insatisfação diante dos últimos acontecimentos e de como os assuntos referentes ao partido estão sendo tratados pelo atual líder, Henrique Eduardo Alves, na Casa.
O parlamentar baiano, no entanto, faz questão que ressaltar que não há nenhuma rebelião em andamento. “Queremos ampliar o dialogo em torno dos projetos. Não achamos correto ficarmos apenas nas discussões sobre liberação de emendas e cargos. Nós queremos debater a PEC 300 (piso nacional para policiais), o Código de Processo Civil, entre outros projetos”, enumerou.
A despeito da afirmativa de que sente lisonjeado em ser citado como um possível líder da bancada, Lúcio defende a união do partido. “Não estou pleiteando cargo ou nomeação, o que queremos é discutir com o presidente do partido e com líder, o papel do PMDB nesta parceria com o PT”.
Turismo
O pedido de demissão de Wagner Rossi (PMDB) do Ministério da Agricultura não causou ranhuras na relação entre as duas principais legendas do governo federal – PT e PMDB. O comando da pasta permaneceu com o PMDB, ficando com Mendes Ribeiro. A expectativa dos peemedebistas é de que este ponto seja superado com a troca.
Outro ministério dirigido pela legenda, no entanto, continua no “olho do furacão”. No Turismo, Pedro Novais, começa a ser questionado. Matéria publicada no Correio Braziliense dá conta de que os 35 deputados teriam pedido “a cabeça” do ministro. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas, que participou do encontro já afirmou publicamente que a situação está próxima de se tornar insustentável para Novais.
Contudo, Lúcio negou que esta seja uma posição do bloco. Ao contrário disso, o baiano afirma que é hora de apoiar o ministro e de deixar claro que as denúncias dizem respeito ao ano de 2009, quando a pasta era comandada por Luiz Barreto, ligado à senadora petista Marta Suplicy.
Foto: Edson Ruiz // Bocão News