Política

Após cinco horas, João Santana e Mônica Moura terminam depoimento em Salvador

Publicado em 24/04/2017, às 15h32   Redação Bocão News



Os marqueteiros João Santana e Mônica Moura prestaram depoimento nesta segunda-feira (24) no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Eles foram ouvidos, por vídeoconferência, no processo que pede a cassação da chapa de Dilma e Temer por abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014. A determinação do depoimento foi do ministro Herman Benjamin, relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral. João Santana e Mônica Moura foram responsáveis pelo marketing das campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e também na de Lula, em 2006.
O casal foi preso em fevereiro de 2016 durante a Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato, e ficou preso até agosto do mesmo ano. Eles foram condenados na primeira instância por lavagem de dinheiro, fecharam acordo de delação premiada e os depoimentos foram homologados no último dia 4 de abril pelo Supremo Tribunal Federal.
Eles chegaram por volta das 9h e acessaram o prédio do Tribunal por uma entrada dentro do estacionamento, sem falar com a imprensa. A audiência, iniciada às 9h20 e encerrada às 14h40, foi acompanhada por advogados do casal e pela defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Advogados do presidente Michel Temer (PMDB) acompanharam os depoimentos de Brasília, por meio de videoconferência. Além de João Santana e Mônica Moura, também prestou depoimento André Luis Reis Santana, funcionário do casal. O conteúdo dos depoimentos está sob sigilo.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, foram encontrados indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro é oriundo de propina de contratos na Petrobras.
O ex-marqueteiro do PT e a mulher confirmaram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010. 
Com informações do G1

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