Política

Baianos pedem à Comissão de Ética Pública o afastamento de oito ministros

Publicado em 19/04/2017, às 15h20   Redação Bocão News



Os deputados baianos Robinson Almeida e Afonso Florence, ambos do PT, protocolaram nesta quarta-feira (19), na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma representação contra oito ministros do atual governo de Michel Temer. São eles: Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Cavalcanti De Araújo (Cidades), Eliseu Padilha ( Casa Civil), Wellington Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Integração Nacional), Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Marcos Antonio Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). 
O documento recomenda, com urgência, o afastamento dos ministros por atos de improbidade administrativa e que ferem a ética pública. A representação pede ainda a adoção de providências legais pertinentes contra os representados.
Para Robinson Almeida, a lista divulgada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, revela que “ há indícios gravíssimos de que os ministros investigados estejam envolvidos em condutas aberrantes”. O deputado reafirma que “este comportamento é incompatível com a ética e probidade públicas”, já que os representados, segundo o parlamentar, “perderam a capacidade de atuação moral para o exercício dos cargos de ministros de Estado”.
Outro argumento exposto na representação é o de que mesmo que os fatos divulgados nas delações tivessem ocorrido quando os representados ainda não exerciam os cargos a que hoje estão investidos, o deputado Afonso Florence sustenta que “as graves suspeitas tornam insustentável a permanência dos investigados à frente das pastas”.
A representação afirma que, por apresentar todas as condições para a continuidade dos delitos, os ministros representados, também “apresentam enorme potencial e grandes possibilidades de interferência no processo investigativo da Operação Lava Jato”, afetando, segundo o texto, “todo e qualquer esforço para promover a moralidade do serviço público, primado dessa Comissão de Ética Pública”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp