Política

Se candidatos soubessem os problemas que enfrenta, desistiriam

Publicado em 01/08/2011, às 10h43   Redação Bocão News



E mais uma vez o prefeito de Salvador, João Henrique (PP), desabafou, esbravejou, aconselhou e esclareceu dúvidas sobre a sua gestão à frente da terceira maior capital do país.  "Gostaria de lembrar aos desavisados que a cidade não está abandonada, ela está vandalizada", frisou o prefeito durante entrevista concedida ao apresentador Armando Mariani, no Balanço Geral da Rádio Sociedade.

Quando questionado sobre a segurança nas escolas, João esbravejou e jogou a responsabilidade para o governo. "Tudo o que acontece na cidade é culpa do prefeito. O problema da violência não é responsabilidade minha e sim do governo. Entendo que por ser responsável, estou mais próximo da população e recebo mais essa carga Só que isso não é culpa minha".

Sobre os problemas que a prefeitura vem enfrentando, João aconselhou. "Se metade dos pré-candidatos soubessem dos problemas que enfrento durante estes seis anos, e que eles irão enfrentar, com certeza a maioria desistiria de ser prefeito de Salvador", desabafou.

João também falou sobre o melhor modelo, na sua opinião, de mobilidade urbana para a capital baiana. Segundo ele, o projeto do novo trecho do metrô, que é do governo do estado, ainda não está pronto. Situação bem diferente do BRT (Transporte de Ônibus Rápido, em português), que já tem projeto executivo pronto e recursos liberados. "O metrô é formidável, o que existe de mais moderno. Nosso problema, no entanto, é aproveitar o momento da Copa".
O prefeito negou que a escolha do transporte tenha causado mal-estar entre a sua administração e o governo baiano. "Temos uma ótima relação com o governador Jaques Wagner e com seus aliados". Segundo ele, a prefeitura somente apresentou a realidade, que revelou que o BRT custa quatro vezes menos do que o metrô e pode fica pronto para Copa de 2014. "Estamos há dois anos e meio da Copa do Mundo, não podemos passar por isso sem deixar um legado."
O prazo para ordem de serviço é dezembro deste ano. Segundo o prefeito, com o orçamento de R$570 milhões, é possível fazer muitas melhorias, como passarelas e viadutos.
Obras - O prefeito João Henrique  também garantiu o término das obras da Avenida Vasco da Gama e o início da reforma na Lucaia. Ele aproveitou a chance para reclamar da dificuldade de trabalhar com órgãos ambientais que acreditam que no esgoto tenha vida animal. O problema também aconteceu nas obras do Imbuí e da Centenário.

Durante a entrevista, o prefeito também falou da transferência de recursos para pagamento de dívidas das instituições filantrôpicas, como Aristides Maltez e Santa Casa de Misericórdia. O valor é saldo do programa Assistência Farmacêutica Básica de Salvador de 2010.
De acordo com João Henrique, o benefício só foi concedido a Salvador. Além dos R$38 milhões que foram liberados, a prefeitura ainda vai pedir ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a liberação de R$68 milhões, que devem impedir novas dívidas até o fim do ano.
O número grande de pacientes enviados de algumas unidades dos demais municípios, não pactuados diretamente com Salvador, é um dos fatores que contribui para o endividamento, segundo justificou o prefeito. João Henrique afirmou que o pacto é para tratamente de enfermidades com média complexidade. Segundo ele, 90% dos procedimentos tem outro diagnóstico muito mais grave do que o dado no interior.

Com informações: Site da Rádio Sociedade

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