Radares e fotossensores em Salvador seriam só fachada

Recentemente a imprensa denunciou um suposto esquema de corrupção e irregularidades nos equipamentos de radares em várias capitais do país. Após a polêmica, 80% das prefeituras decidiram suspender os contratos da empresa Eliseu Kopp, envolvida nas denúncias. Alvo dos vários cancelamentos de contrato, a empresa gaúcha continua firme e forte prestando serviços à prefeitura de Salvador, informa a coluna de Emmerson José, no Correio.

Sabe-se, por exemplo, que a Eliseu Kopp venceu uma licitação na capital baiana para a instalação de 50 equipamentos registradores de excesso de velocidade no início de junho, mas até hoje o contrato não foi assinado.  Segundo quem teve acesso aos documentos, a empresa não está conseguindo retirar certidões junto à Receita Federal. Mesmo com esta irregularidade, os pagamentos relacionados ao serviço estão sendo efetuados.

O problema é que quem conhece bem os preços dos referidos serviços, arrisca dizer que a despesa da prefeitura com os radares de velocidade e mais 60 equipamentos de avanço de sinal (fotossensores) não é menor do que R$ 500 mil mensais. Há a suspeita que quem diga que dos equipamentos instalados pela empresa, 38 deles estão sem as unidades internas. Assim, só há carcaças nas ruas e a função de monitorar o trânsito não está sendo cumprida.