Política

Propina da Odebrecht virou doação oficial, aponta delação de Melo Filho

Publicado em 04/01/2017, às 15h33   Redação Bocão News



A Odebrecht, empreiteira baiana envolvida na operação Lava Jato, mudou a forma de pagar propina entre 2010 e 2014. Neste período, a empresa recorreu à estratégia de doações eleitorais declaradas à Justiça Eleitoral. 

Claudio Melo Filho, um dos 77 executivos da companhia, listou pagamentos no valor total de R$ 26,6 milhões via caixa dois em 2014. Quatro anos antes, o montante era de R$ 42,3 milhões (soma
corrigida pela inflação até 2014), conforme dados da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (4).

Em compensação, quando fala de pagamentos por doação eleitoral, Melo Filho declara R$ 680 mil em 2010 (R$ 871 mil corrigidos) ante R$ 9,8 milhões em 2014. 

Outros pagamentos delatados pela empreiteira ainda permanecem sob sigilo. Os acordos de colaboração ainda precisam da homologação do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. 

Ainda em 2014, ano em que as doações da Odebrecht deram um salto, as primeiras investigações da Lava Jato já apontavam recursos eleitorais como caminho usado para pagamento de propina.

Publicada originalmente às 6h30

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