Os partidos de oposição ao governo do presidente Michel Temer entraram com um requerimento na Polícia Federal e Procuradoria Geral da República para que seja homologado e divulgado as denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero contra Temer e Geddel. “Nós [os partidos de oposição] já entramos com requerimento na Polícia Federal e Procuradoria Geral da República, para que seja homologado o depoimento do ministro Calero. Para nós sabermos qual é a verdade, qual é a prova que ele tem. Para saber se tem crime de responsabilidade”, disse o deputado Afonso Florence, nesta sexta-feira (25) na rádio Itapoan FM, programa Se Liga Bocão.
Ele afirmou que entrou com uma ação cautelar para saber o inteiro teor das declarações de ex-ministro Calero e .na segunda-feira (28) um grupo de juristas irá analisar as denúncias. “Com muito cuidado para não falarmos em impeachment sem crime de responsabilidade, porque o impeachment de Dilma foi golpe por não ter crime de responsabilidade”.
Geddel
deixou a Secretaria de Governo da República, após acusação de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. Em depoimento á PF, Calero acusou Geddel e o próprio presidente Temer de pressionar para que autorizasse a obra no edifício La Vue, na Ladeira da Barra. A obra havia sido embargada pelo IPHAN (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico). É o sexto ministro do governo Temer que pede exoneração.
O deputado Florence revidou ainda a
declaração do deputado federal Aleluia (DEM) de que Geddel saiu por um caso isolado e local. “Se fosse um assunto apenas local Geddel não teria caído, não seria originado a queda em uma denúncia a ele e a Temer também. Ele [Geddel] sai para tentar impedir a continuidade de investigação sobre Temer e não mais sobre Geddel. É uma situação gravíssima”, ressaltou o líder do PT na Câmara Federal.
