Engajada na paralisação geral desta sexta-feira (11), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) ressalta que a mobilização é motivada pela crise, a PEC 55 e as perdas nos direitos trabalhistas. Segundo a comunista, os sindicatos "estão preocupados com a crise e principalmente com o projeto da PEC 55, que é a mesma 241, que tem uma proposta de congelamento por 20 anos nos investimentos em saúde, educação e também reduz os ganhos do salário mínimo". Para ela, a Proposta de Emenda à Constituição representa um retrocesso nas conquistas dos trabalhadores nos últimos anos.
Em entrevista ao apresentador José Eduardo, para a Rádio Metrópole, a vereadora disse que o objetivo do protesto é chamar a atenção do Congresso e do Senado da discordância da classe trabalhadora diante das propostas do governo Michel Temer. Questionada sobre os impactos da PEC 55 para Salvador, Aladilce afirmou que trará consequências para todas as políticas públicas.
"Vai significar redução de recursos. Hoje, grande parte dos serviços de Saúde [do SUS] e da Educação são financiados com repasses do governo federal, a maior parte. Então, o SUS já é subfinanciado, o recurso não chega, não dá, não é suficiente", disse, ressaltando que, com a proposta, a tendência é piorar.
ATOS EM SALVADOR
Conforme a vereadora Aladilce Souza, uma manifestação pela manhã na região do Shopping da Bahia, na Avenida Tancredo Neves, e outra à tarde, com uma caminhada no Centro, integram a agenda dos movimentos sociais na capital para a sexta-feira. A caminhada sairá do Campo Grande em direção à Praça da Piedade.
Rodoviários, profissionais da construção civil, petroquímicos, vigilantes, comerciários, professores, bancários, policiais e funcionários públicos devem participar das atividades.
