Após a provação, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados da PEC 241, conhecida como PEC do Teto, que estabelece um limite de gastos com saúde, educação e investimentos públicos para os próximos 20 anos, o presidente Michel Temer concedeu uma entrevista à Globo News e defendeu a proposta. Segundo Temer, a Proposta de Emenda à Constituição poderá ser revista em 4 ou 5 anos, caso haja necessidade e caberá ao presidente que estiver no Poder avaliar o que fazer no futuro. Ele argumentou que para isso basta o presidente que tiver no poder propor uma nova emenda reduzido o prazo de 10 anos para 5 ou 4 anos.
"Sempre se corre a ideia de que você está engessando essas coisas de uma tal maneira que o Congresso nacional jamais vai poder modificar aquilo que foi fixado agora. Nós fixamos 20 anos, que é um longo prazo, mas eu pergunto, não se pode daqui a quatro, cinco, seis anos, de repente o Brasil, cresce, aumenta a arrecadação, pode se modificar isso? Pode, você propõe uma nova emenda constitucional, que reduz o prazo de dez anos para quatro ou cinco, ou seja, o País não ficará engessado em função do teto", disse.
O presidente disse ainda que os cortes de gastos são necessários para ter um país saudável no futuro. “Se não houver um certo sacrifício, nós não tiramos o país da crise”, afirmou nesta quinta-feira (13) à jornalista Miriam Leitão.
Além disso, Temer negou
que a PEC 241 implicará no corte de programas sociais. “Isto não afeta direitos sociais. Nós temos pobreza no país. Jamais se vai cogitar em eliminar o Bolsa Família. Ao contrário, o que nós fizemos foi revalorizar o Bolsa Família este ano, que não tinha nenhuma revalorização de dois anos e meio para cá”, diz o presidente.
Com informações do G1 e Estadão
