De acordo com a Constituição Federal, o vice-prefeito é o segundo na hierarquia do município e pode assumir a chefia do Executivo em “casos de vaga do cargo” ou em função de “licença ou impedimento” do titular. Além disso, o vice pode assumir funções na administração sem nenhum tipo de incompatibilidade. Na prática não é isso que acontece em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. Por lá, a vice Tereza Giffoni (PSDB) permanece à margem do governo desde que a sua legenda rompeu ligações políticas com o PT, do prefeito Luiz Caetano. “Quando isso aconteceu fui convidada pelo próprio Caetano para me filiar ao seu partido. Não aceitei a proposta e disse que continuaria junto ao meu grupo. Depois disso, começaram as perseguições”, revela a tucana.
Segundo Tereza Giffoni, os funcionários de seu gabinete foram pressionados pelo prefeito a não seguir as orientações dela. “As coisas aconteciam por meio de ameaças. Todo mundo ficou com medo de sair da folha de pagamento”, disse. Logo depois, a vice-prefeita perdeu prestígio dentro da administração e foi “expulsa” do gabinete. “Meu grupo de trabalho foi desmontado. Todas as nossas demandas passaram a ser desprezadas. Num belo dia, simplesmente cheguei para trabalhar e minha sala havia sido ocupada pelo secretário de Relações Internacionais, Raimundo Blumetti”.
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Bocão News levou as acusações até a assessoria de Comunicação de Camaçari, que disse apenas que ninguém da administração Luiz Caetano se manifestaria sobre qualquer assunto desta natureza.
Mesmo com pouco apoio político, Tereza Giffoni pretende disputar a prefeitura em 2012 numa chapa de oposição ao atual governo que, pelo menos na teoria, ela ainda faz parte.
Foto: Roberto Viana/Bocão News