O PT vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) tentar adiar, novamente, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A decisão foi tomada após a divulgação feita pela revista ”Veja” de que o empresário Marcelo Bahia Odebrecht declarou, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, ter repassado R$ 10 milhões em dinheiro vivo ao PMDB, a pedido do presidente em exercício, Michel Temer.
O argumento do líder da oposição, senador Lindbergh Farias (PT) é que, se Michel Temer for efetivado na presidência, ele não poderá ser investigado pela Lava Jato. Como argumento, ele citou o artigo 84, parágrafo 4º da Constituição para dizer que o presidente, na vigência do seu mandato, não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício das suas funções.
"Se a presidente Dilma for afastada, o presidente Temer estará blindado", disse Lindbergh, ao IG. Ele considerou o fato "gravíssimo" e considera que isso muda o processo de impeachment. A sessão de pronúncia em plenário está marcada para terça-feira (9), na qual os senadores vão decidir, por maioria simples, se o processo está pronto para ir a julgamento.
Publicada no dia 8 de agosto de 2016, às 17h35
