Política

Reabertura de Centro de Convenções só beneficia a médio e longo prazo, diz trade

Publicado em 05/07/2016, às 17h52   Alexandre Galvão



A notícia da reabertura do Centro de Convenções de Salvador no dia 2 de novembro animou integrantes do trade turístico da cidade. No entanto, em contato com o Bocão News, representantes do setor afirmaram que os resultados só poderão ser sentidos em médio e longo prazo - por conta da organização dos eventos.  
Presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, Silvio Pessoa, afirmou que agora o trade irá “correr atrás” de eventos a longo e médio prazo. “A gente vai correr atrás de evento de médio e longo. A reabertura agora adianta para negociar eventos futuros”, afirmou. 
Ainda de acordo com Pessoa, o segmento precisa do Centro de Convenções, mesmo velho. “Precisamos mesmo que seja de um centro velho, não podemos perder isso num momento de crise financeira. Esse ano de 2016 é o pior dos últimos 30 anos. Infelizmente, a hotelaria está quebrada. Hoje a gente escolhe ou pagar impostos, ou bancos, os funcionários, infelizmente é essa a nossa triste realidade”, descreveu. 
Representante da Salvador Destination, Paulo Galdenzi corroborou com a tese de Pessoa. “Se for aberto, é importante, pois nesse dia é o congresso de odontologia. E depois vamos ter que captar novos congressos. Até então não conseguíamos, é um passo importante, mas ainda em 2017 não vamos conseguir atrair muitos congressos, pois eles são marcados mais com mais de um ano de um ano de antecipação”, estimou. 
Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seção Bahia (ABIH-BA), Glicério Lemos afirmou aguardar que a data seja respeitada. “Esperamos que a data seja cumprida, pois ela já foi adiada outras tantas vezes. O trade aguarda com muita ansiedade”, apontou.
PIOR DOS 30 ANOS - A rede hoteleira de Salvador apresentou em junho taxa média de ocupação de 38,04%, a mais baixa dos últimos 30 anos, segundo a ABIH-BA.  Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se piora na taxa, que passou de 43,58% em junho de 2015 para 38,04% em junho de 2016. 
Comparando-se com o mês anterior (maio, com taxa de 42,88%), verifica-se decréscimo de 4,8 pontos percentuais. A diária média de junho (R$ 238,93) cresceu 8,6% em relação ao mês anterior, resultando em um Revpar (indicador ponderado de taxa de ocupação e diária média) de 90,89, o mais baixo da história da hotelaria soteropolitana.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE em abril de 2016 a Bahia decresceu em 11% seu volume de atividades turísticas, tendo perdido parte das atividades para outras capitais nordestinas a exemplo de Pernambuco cujo volume de atividades turísticas cresceu 4,5% no mesmo período.
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