O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) recebeu propina durante dez anos (de 2004 a 2014), do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. A informação fornecida durante delação premiada aponta ainda que os pagamentos ilícitos Renan foram de R$ 32 milhões, o valor corresponde a um terço dos R$ 100 milhões que foram ofertados ao PMDB.
O primeiro pagamento teria sido de R$ 300 mil em 2004 e desde então, Renan e Machado se reuniam mensal ou bimensalmente para combinar os pagamentos realizados através de fundo virtual “apurando mensalmente os créditos junto as empresas que tinham contrato com a Transpetro e decidindo os repasses conforme as circunstâncias”, disse o ex-presidente da Transpetro.
A partir de 2008, contudo, os repasses teriam aumentado. “Inicialmente os repasses para Renan Calheiros eram erráticos, sem periodicidade definida, mas se tomaram anuais em 2008, quando o depoente passa a repassar a Renan cerca de R$ 300 mil por mês durante dez ou onze meses por ano”, afirma a declaração feita por delação. Machado afirma ainda que além das propinas referentes aos contratos de empresas com a Transpetro, nos anos eleitorais o “caixa paralelo” de Renan era acrescido pelas doações oficiais das mesmas empresas.
Os pagamentos vinham de empresas que tinham contrato com a estatal.
