O Conselho de Ética começou a sessão de votação do relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Antes do início da reunião dessa terça-feira (14) Rogério afirmou estar “confiante” na aprovação do relatório, mas alertou para a votação apertada. “Acho que a vitória vai ser por um voto”, disse.
A votação tinha sido adiada para esta semana como uma estratégia dos adversários de Cunha, que tem como objetivo convencer a deputada baiana Tia Eron (PRB-BA), detentora do voto decisivo, a apoiar o parecer pela cassação.
A deputada Tia Eron chegou por volta de 14h20 sendo cumprimentada por aliados e adversários do ex-presidente da Câmara. Questionada se já tinha voto definido ela afirmou: “Não acredito. Vocês já puseram voto para mim”. E engatou sobre se participaria da votação: “Se vocês me derem paz”.
Durante o caminho para o plenário, ao ser abordada pelo advogado de Cunha, Marcelo Nobre, a deputada trocou algumas palavras enquanto segurava a mão de Nobre.
Tia Eron é considerada voto decisivo por que segundo os cálculos de adversários de Cunha, se ela votar contra o relator, que pede a cassação, o placar deverá ficar em 11 votos a 9 a favor do presidente afastado. Essa hipótese leva à derrubada do parecer. Caso vote a favor, o placar ficará empatado em 10 a 10, e o voto de minerva caberá ao presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), que já afirmou ser a favor da cassação.
