ACM Neto despista, mas negocia comando do Iphan e SPU na Bahia

Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) por até 180 dias, o governo interino do vice-presidente Michel Temer (PMDB) fará mudanças nos principais cargos federais nos estados. A tática é distribuir os postos aos deputados e senadores que votaram a favor do processo de impeachment no Congresso Nacional e fizeram com que Temer chegasse ao poder.

Na Bahia, o presidente interino delegou a função de coordenador das articulações ao deputado federal Benito Gama (PTB), que reúne as reivindicações dos 15 colegas parlamentares que deram "sim" ao impeachment de Dilma na Câmara Federal. Até o momento, o que se sabe é que o prefeito ACM Neto (DEM) é o maior interessado em colocar gente do seu grupo no comando da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

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Publicamente, o gestor de Salvador evita dar pistas de que está de olho nos postos, mas nos bastidores, tudo indica que levará a melhor nas negociações. Outro posto que já está parcialmente definido, segundo a coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, é a Companhia das Docas da Bahia. A entidade é dirigida por José Rebouças, indicação do senador Otto Alencar. Por enquanto, Rebouças continua no cargo até que Alencar defina seu posicionamento em Brasília.

A tática de Michel Temer em delegar as negociações para terceiros é uma medida que visa evitar sobrecarga à Secretaria de Governo, comandada pelo baiano Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia. O gestor interino determinou, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, que só fosse levado ao Palácio do Planalto pleito já definido. A máxima lá é de que só haverá nomeação se houver consenso entre os aliados na disputa pelos cargos.

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