Política

Otimista por Temer, Jucá diz que PT precisa “ter elegância para saber perder”

Publicado em 25/04/2016, às 23h33   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)



Homem de confiança do vice-presidente Michel Temer e principal articulador do processo de impeachment, que desembocará em um eventual governo sob a batuta do PMDB, o senador Romero Jucá segue otimista em contagem regressiva para a votação no Senado.
“Não é um jogo ganho. Espero que ele [Temer] seja presidente. Temer é um homem certo no lugar certo. É uma saída para o país e para o sistema político. Não está definido, mas está bem encaminhado”, afirmou, durante participação no programa Roda Viva , na TV Cultura, nesta segunda-feira (25). 
Jucá disse que hoje há maioria suficiente a favor do impeachment, mas prefere não antecipar o voto dos seus pares. “Conheço bem aquela casa. Cada um vai votar com sua consciência”.
Para Jucá as ameaças do PT e do ex-presidente Lula de que Temer não conseguirá governar o país não surtirão efeito. “Lamento ver Lula nessa situação. Ele entrou na contramão. Vejo o PT involuindo. É um partido raivoso. É preciso ter elegância para saber perder”.
O peemedebista reiterou repúdio à convocação extraordinária de eleições diretas para presidente da República. “É uma artimanha, uma jogada para tirar o crime de responsabilidade da Dilma. Tentativa de melar o jogo. Está fora das regras. É golpe. Eles deviam ter essa ideia na Copa do Mundo depois que tomamos 7 a 1 da Alemanha. Mudar a constituição, anular o jogo e, depois que Neymar estivesse bom das costas faria um novo jogo”, ironizou.
Jucá garantiu que nas conversas com os demais partidos “não houve acordo de nenhum cargo”. “Cargo não é o ponto central desta questão”, apontou. 
Segundo ele, o país precisa recuperar “credibilidade, segurança jurídica e previsibilidade econômica” e adiantou que o aumento de impostos não será a alternativa para aumentar a arrecadação e reequilibrar as contas públicas. 
“O Brasil é maior do que essa crise. Nós estamos sendo afogados numa bacia d’água. O governo encheu a bacia grande, encheu de água, colocou o Brasil de joelhos, meteu a cabeça dentro e está se afogando. Se o Brasil se levantar, a gente deixa de se afogar e cria outra realidade”.

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