Política

Ministros licenciados para votar contra impeachment voltam ao governo

Publicado em 19/04/2016, às 07h40   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A edição desta terça-feira (19) do "Diário Oficial da União" trará as nomeações dos ministros Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), informou nesta segunda (18) a Casa Civil. Eles haviam deixado os cargos e retomado os mandatos de deputados federais para votar na Câmara contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Além dos três, o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) também deixou o cargo na semana passada para votar na Câmara. Ele, no entanto, votou favoravelmente ao processo de impeachment de Dilma e, segundo a própria presidente, não faz mais parte do governo. Em meio ao processo de impeachment de Dilma e uma crise na base aliada, outros ministérios também estão sem seus titulares permanentes.
Nos casos de Gilberto Occhi (Integração Nacional), Gilberto Kassab (Cidades) e Henrique Alves (Turismo), os ministros de PP, PSD e PMDB, respectivamente, decidiram entregar seus cargos após as bancadas dessas legendas na Câmara se posicionarem favoráveis ao impeachment de Dilma. Nesses três casos, as pastas têm sido administradas de forma interina.
Outro ministério sem titular permanente é a Casa Civil. Nomeado para o posto no mês passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua posse suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que atendeu a um pedido do PSDB – o partido alega que Lula, investigado na Lava Jato na primeira instância, tentou obstruir a Justiça ao ser nomeado, a fim de obter o foro privilegiado e ser investigado pelo STF.
Até que o plenário do Supremo decida se Lula pode ou não assumir o ministério, está à frente da pasta a ministra-substituta Eva Maria Chiavon, que exercia o cargo de secretária-executiva da pasta na gestão de Jaques Wagner, atual chefe de gabinete da presidente Dilma.
Mesmo sem estar oficialmente na Casa Civil, Lula tem atuado, especialmente nas últimas semanas, como articulador informal do governo. Em um hotel em Brasília, ele passou a receber parlamentares e dirigentes partidários a fim de garantir apoio de deputados e senadores ao Palácio do Planalto e, especialmente, à presidente Dilma.

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