Política

Abafado por delação de Delcídio, depoimento de Pedro Corrêa cita Negromonte

Publicado em 16/03/2016, às 07h44   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A delação do senador Delcídio do Amaral no âmbito da Operação Lava Jato, atingindo grandes figuras do governo federal, ofuscou o acordo também de delação feito pelo ex-deputado federal do PP, Pedro Corrêa. O pepista é o segundo político que decide falar tudo o que sabe a respeito do esquema de corrupção que foi instalado na Petrobras. Apesar de colocada em escanteio, a delação do ex-parlamentar de Pernambuco tem força para provocar estrago na cúpula do PP baiano, como aponta a coluna Satélite, do jornal Correio.

As informações são de que Corrêa faz referências diretas ao ex-ministro das Cidades e hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte. Condenado pelo mensalão e preso pela Lava Jato, Corrêa citou Negromonte ao detalhar entregas de pacotes de dinheiro para políticos pepistas, encontros com operadores de propina em residências funcionais de Brasília e visitas ao doleiro Alberto Youssef em São Paulo.

Essa não é a primeira vez que o ex-deputado baiano aparece em delações no curso das investigações da Operação Lava Jato. Em janeiro, o transportador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, afirmou que ouviu do doleiro Alberto Youssef que o ex-ministro das Cidades era o "mais achacador" entre os políticos. Na época, em conversa com o Bocão News, Negromonte rebateu. “São 30 delatores, li todas as delações e apenas três falam meu nome e sem prova”, diz Negromonte referindo-se aos delatores Alberto Youssef, Ceará e Rafael Ângulo.  

O ex-ministro disse ainda que há uma “combinação” entre os delatores para incriminá-lo. “Os três combinaram para um convalidar o que o outro fala para ter a pena abrandada”, acusa Negromonte. Segundo ele, os delatores tinham ligação com o então líder do PP na Câmara Federal, José Janene, morto em 2010. Para ter pena reduzida, os elementos da delação devem ser comprovados.

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