Política

Delação de Delcídio compromete relação de Dilma e Lewandowski

Publicado em 15/03/2016, às 16h46   Redação Bocão News (@bocaonews)



Em sua delação premiada, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Delcídio do Amaral denunciou a atuação do banqueiro André Esteves com o deputado Eduardo Cunha e com o senador Romero Jucá na elaboração de emendas a medidas provisórias de interesse do BTG. Ele cita as MPs 668 e 681 que possibilitavam o uso de créditos podres (FCVS) por bancos falidos para a quitação de dívidas com a União.

Delcídio do Amaral também confirmou o encontro de Dilma Rousseff com Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki em Portugal para tratar da Lava Jato. "Não havia sentido ir a Portugal falar de reajuste salarial dos servidores", disse o senador, desbancando a versão oficial. As informações, segundo Delcídio, lhe foram repassadas diretamente pelo então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O senador  revelou também o modus operandi de Luciano Coutinho no comando do BNDES. Disse que, de uma forma "muito sutil", ele obrigava empresários beneficiados com empréstimos do BNDES a doar para campanhas do PT. Ele cita OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez, além do JBS, como os principais beneficiários do esquema. "Caso algum dos executivos donos dessas empresa venha a colaborar nas investigações, cai a República."

Na sua delação, destaca a Época, Delcídio afirmou:

"André Esteves é um dos principais mantenedores do Instituto Lula; que isso se deve a Lula ter sido um grande sponsor dos negócios do BTG; que Lula era um alavancador eficaz de negócios para agentes econômicos junto a instâncias governamentais nacionais e estrangeiras; que o ex-presidente Lula conquistou negócios e mercados para empresas brasileiras no exterior utilizando-se de relações pessoais com chefes de Estado e altos dignitários, em especial na África, mas não tem conhecimento de que isso tenha ocorrido em favor do Banco BTG”.

Fonte: O Antagonista

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