Política

Lula afirma que seu amigo Bumlai ofereceu reforma em sítio de Atibaia

Publicado em 27/02/2016, às 09h40   Redação Bocão News (@bocaonews)


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A defesa do ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a reforma do sítio em Atibaia (SP) frequentado por ele e sua família foi "oferecida" pelo pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigo pessoal, preso há quatro meses na Operação Lava Jato.

A alegação foi feita em petição apresentada nesta sexta­feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados de Lula apontam também que o sítio foi adquirido em 2010 por iniciativa de Jacó Bittar, outro amigo de Lula e um dos fundadores do PT, para que pudesse ser compartilhado com o ex­presidente e seus parentes após o petista deixar a Presidência da República, no final daquele ano. O local serviria para "acomodar" objetos que Lula teria recebido do "povo brasileiro" durante seus dois mandatos.

O advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, porém, contesta a versão dos defensores de Lula. Procurado pelo jornal Folha de S. Paulo para comentar a posição da defesa do petista, Malheiros afirmou: "Só se a Odebrecht for propriedade de Bumlai, o que não me consta". Nesta semana, a Odebrecht admitiu ter ligação com as obras na propriedade ao afirmar que seu engenheiro Frederico Barbosa trabalhou no local a pedido de um superior hierárquico da empresa.

Em entrevista à Folha, a ex­dona de uma loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos para o sítio disse que a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram cerca de R$ 500 mil só em materiais. A construtora nega ter pago por insumos para a reforma.

A força­tarefa da Lava Jato investiga as operações relativas ao sítio e suspeita que Lula seja o real dono do imóvel. As alegações quanto ao sítio foram apresentadas pela defesa ao tribunal para fortalecer o pedido de suspensão das apurações relativas ao sítio até que seja definido se a investigação sobre o imóvel e o tríplex em Guarujá, concluído e reformado pela construtora OAS, deve tramitar no Ministério Público Estadual de São Paulo ou no Ministério Público Federal.

As informações são da Folha de S. Paulo.

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