Política

Ricardo Machado é vaiado e xingado em festa da Purificação de Santo Amaro; Veja

Publicado em 30/01/2016, às 20h14   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



Nem tudo foi festa na noite desta sexta-feira (29), durante as comemorações da Lavagem da Purificação, em Santo Amaro. Após a ação do Ministério Público estadual em que foi pedido o afastamento e bloqueio dos bens do prefeito Ricardo Machado, a população local deu uma parada nos festejos para expressar o sentimento diante dos escândalos envolvendo o município.

Quem presenciava a festa e via homens travestidos do Bloco As Chumbregueiras se divertindo, durante a passagem da banda Pagodart, em homenagem à cidade, não poderia imaginar que o ambiente se transformaria em uma manifestação política. Bastou Ricardo Machado tentar começar a falar e a população ‘abafou’ o discurso que tentava ser proferido pelo prefeito com vaias e xingamentos.

Em vão, Machado ainda tentou continuar a prosa, sem êxito. O clima de festa deu lugar à revolta e os integrantes da equipe do prefeito demonstraram constrangimento com as manifestações populares.

Veja o vídeo:

Acusações

O Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça João Paulo Schoucair, ajuizou na  última segunda-feira (25) uma ação civil pública cautelar com pedido liminar contra o prefeito de Santo Amaro, Ricardo Jasson Magalhães Machado do Carmo.

Na ação, o promotor de Justiça informa que foram constatados atrasos em diversas obras do Município, o que causou danos aos cofres públicos. De acordo com ele, “foi evidenciada a existência de 20 obras públicas com expectativa de conclusão para o ano de 2015, abraçando o montante de mais R$ 66 milhões por algumas empresas. Entretanto, há um significativo retardo temporal nas obras, o que ocasionou um incremento contratual estimado em mais de R$ 3,5 milhões”.

O atraso ocorre com potencial dano ao erário, explica João Paulo Schoucair, acrescentando que a Promotoria de Justiça verificou ainda que o Município utilizou bens públicos para realizar obra que já havia sido devidamente licitada pelo valor de quase R$ 1,5 milhão, com previsão de entrega para junho de 2014.

Além disso, retomou com a própria estrutura administrativa algumas obras paralisadas, que deveriam ser concluídas pelas empresas. O promotor de Justiça solicitou o afastamento cautelar do prefeito pelo prazo de 180 dias e a decretação de medida liminar de indisponibilidade dos seus bens até o limite de R$ 5 milhões.

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