Política

Lideranças na Alba devem ser trocadas em ano eleitoral

Publicado em 27/01/2016, às 18h40   Juliana Nobre (@julianafrnobre)



As eleições municipais deste ano vão movimentar a Assembleia Legislativa da Bahia e revirar os deputados estaduais, que deixarão suas funções parlamentares para se dedicarem à campanha eleitoral. As articulações já se iniciam logo no retorno das atividades parlamentares, no próximo dia 1º de fevereiro.  E a principal mudança na Alba começa com a troca de líderes de governo e oposição, além das lideranças de blocos e partidos.

O líder do governo, José Neto (PT) é candidato à prefeitura de Feira de Santana e deixará o cargo no primeiro semestre deste ano. A substituição do petista perpassa pela aprovação do governador Rui Costa que não tem aprovado alguns nomes. Rosemberg Pinto (PT) é cotado para assumir a vaga, contudo, a articulação do presidente da Alba, Marcelo Nilo (sem partido) tem ganhado força. Nilo é conhecido pelos parlamentares da base aliada pela relação mais ‘apaziguadora’ que com Zé Neto. Por isso, o presidente da Alba tenta emplacar seu candidato: Nelson Leal (PSL).

Leal terá a missão de ser o interlocutor de Marcelo Nilo, o que para alguns parlamentares da base governista não é de bom tom. De acordo com um deputado ouvido pela reportagem, e não quis se identificar, o “tentáculo de Nilo” será de pouco diálogo e os pedidos/favores serão solicitados diretamente ao presidente da Casa, dando ainda mais poder ao chefe do Legislativo baiano.

Outro parlamentar cotado para a liderança do governo é Alex Lima (PTN), que já declarou publicamente "que estará sempre ao lado do governador". Questionado sobre a informação, Lima negou que esteja se articulando. "Não. Nem estou pensando nisso agora. Quero terminar meu mandato, cuidar dos meus projetos", limitou-se.

Já na liderança da oposição, a mudança deve ocorrer somente no fim do primeiro semestre. O acordo prévio entre os partidos oposicionistas era a alternância entre DEM e PMDB, contudo, o PSDB deve entrar na disputa. Dos peemedebistas, Pedro Tavares deve se dedicar à campanha na prefeitura de Ilhéus; Luciano Simões Filho assume a liderança da sigla e Leur Lomanto Jr. continua como 1º secretário na mesa diretora.

Com isso, Adolfo Viana (PSDB) ganha espaço para o cargo. Entretanto, as desavenças entre o parlamentar e o deputado federal Antônio Imbassahy podem dificultar a indicação de Viana para o cargo. Em junho do ano passado, os dois protagonizaram atritos na disputa pela secretaria-geral do PSDB e Viana afirmou que Imbassahy era desatencioso. 

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