Política
Publicado em 27/11/2015, às 11h43 Redação Bocão News
A bancada do PT no Senado se sentiu traída pelo presidente do partido, Rui Falcão, e pelo Palácio do Planalto. De acordo com informações do jornal O Globo, os senadores petistas deverão procurar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, e a direção da legenda para conversar sobre os desdobramentos da prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Os parlamentares consideraram que governo e o PT tiraram rapidamente o corpo fora e deixaram o problema no colo da bancada. Somado a isso, consideraram que houve total falta de articulação, a ponto de a nota em que Rui Falcão nega solidariedade a Delcídio ter sido conhecida pela bancada por meio do senador oposicionista Ronaldo Caiado (DEM-GO).
“É preciso um freio de arrumação para unificar o discurso. Temos que conversar. Não houve uma articulação, uma coordenação entre PT, governo e Senado. A bancada ficou destruída”, disse um petista.
Os senadores se mostraram irritados por não terem sido avisados por Falcão do teor da nota e porque seu conteúdo, praticamente antecipando a expulsão de Delcídio do PT, interferiu na posição dos outros partidos, que recuaram e passaram a defender que a votação fosse aberta.
No encaminhamento de voto sobre a questão se a votação seria aberta ou fechada, Costa anunciou que o PT votaria contra. Foi o único partido a se posicionar dessa maneira. Depois que o placar demonstrou que 52 haviam votado pelo voto aberto, num prenúncio de que o Senado não afrouxaria a prisão de um de seus membros, Costa mais uma vez encaminhou sua bancada para votar pela soltura de Delcídio. O resultado foi que, dos 13 votos, nove foram petistas — que ainda teve duas deserções: Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA).
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