Política

Otto Alencar diz que prisão de Delcídio Amaral transferiu crise para o Senado

Publicado em 26/11/2015, às 18h53   Marivaldo Filho (Twitter:@marivaldofilho)



A prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), acusado de obstruir investigações da Operação Lava Jato, transferiu o foco da crise política da Câmara para o Senado Federal, de acordo com avaliação do senador Otto Alencar (PSD-BA). O parlamentar baiano relatou um clima “muito ruim” na Casa Legislativa, após os áudios comprometedores envolvendo o petista serem revelados.

Segundo o pessedista, seria "completamente sem sentido" o Senado reverter uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O que ele [Delcídio Amaral] falou nos áudios foi quase uma confissão. Não deixou dúvidas. Não tinha como STF prender de manhã e nós, no Senado, soltarmos ele à noite. Percebemos um agravamento da crise que já se arrasta desde o ano passado. Agrava muito porque ele é o líder do governo e de total confiança do Planalto. Desdobramentos acontecerão e a crise política deve ficar ainda mais acentuada”, disse Otto Alencar.

O senador baiano demonstrou preocupação com os andamentos dos trabalhos na Casa. “A presidente Dilma Rousseff precisa aprovar importantes matérias até o final do ano e não sei se vai conseguir. A crise estava mais para a Câmara. Agora, chegou com força ao Senado, deixando todos nós perplexos”, relatou Otto Alencar.

Sobre a permanência de Eduardo Cunha  (PMDB-RJ) na presidência da Câmara Federal, Otto foi incisivo e disse que o clima é insustentável para o peemedebista.

“É uma outra situação que nos deixa muito tristes. Eles não tem mais condições políticas e morais de continuar. Só não caiu até agora porque tem uma tropa de choque que ainda luta para manter. É um quadro que desqualifica e atinge toda a política”, finalizou Otto Alencar. 

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