Política

Penna defende que Dilma vire ‘estadista’ e país tenha sistema parlamentarista

Publicado em 14/09/2015, às 22h38   Juliana Nobre (@julianafrnobre)



Mesmo com uma debandada de nomes relevantes do Partido Verde para outras siglas, o presidente da legenda nacional, José Luiz Penna, defende o sistema parlamentarista para combater “os males do sistema presidencialista”. Em conversa com o Bocão News, durante ato de filiação da sigla em Salvador, na noite desta segunda-feira (14), Penna voltou a defender o sistema e a saída da presidente Dilma Rousseff do PT.

“Nossa posição é clara: desejamos que ela seja uma estadista, saia do PT, faça um regime de transição para o parlamentarismo, pois o presidencialismo de coalização não funciona”, defendeu. Segundo ele, que já compôs a comitiva da oposição que apostava no impeachment da petista, a remoção da presidente não é mais defendida de frente com tanta voracidade. “Não sou contra nem a favor. Se vier da Justiça alguma coisa substanciosa, vamos naturalmente apoiar, mas politicamente tem muitas cartadas a serem dadas”, disse.

O parlamentarismo, que também foi defendido pelo na convenção nacional do PSDB pelo senador José Serra (SP), aponta um modelo que permite trocas de primeiro ministro, consideradas sem grandes impactos, ou traumas, como no presidencialismo.

O Partido Verde, no entanto, deve se preocupar com a reforma política. Com o novo texto aprovado, o PV sofre com a questão do debate eleitoral. Pelo texto aprovado pelos parlamentares, será assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior a nove representantes na Câmara dos Deputados. Com isso, candidatos de partidos menores não terão acesso a essa participação na televisão, como ocorreu na última eleição presidencial, quando participaram dos debates os candidatos Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e Luciana Genro (PSOL).

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