Muita crítica infundada, rebate Paupério sobre reclames de vereadores

A aprovação do reajuste salarial para os servidores municipais na Câmara de Vereadores nessa terça-feira (18) foi marcada pela discussão acalorada envolvendo sindicalistas, oposição e governo. No campo das críticas, o vereador Arnando Lessa (PT) reclamou do não cumprimento do piso salarial por parte da prefeitura de Salvador com os agentes de saúde. Seu alvo foi o secretário de Gestão da capital, Alexandre Paupério, a quem chamou de figura “autoritária” que estava impondo derrota ao trabalhador.

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Nessa quarta (19), em entrevista à WebTV Bocão News, Paupério minimizou as críticas recebidas e explicou que considera o pleito dos trabalhadores como já atendido. “Muita crítica infundada. E essa questão do piso, a prefeitura paga R$ 1.700 aos agentes comunitários de saúde, essa é a remuneração total. Foi aprovado no ano passado o piso de R$ 1.014, então já cumprimos o piso. A prefeitura já paga 65% acima do piso ao servidor que está nessa função”, afirmou o gestor que negociou com as categorias. No entanto, o vereador Hilton Coelho (PSOL) reclama que o argumento da prefeitura de que já cumpre o piso não se sustenta, pois a referência não pode, segundo o edil, ser o saldo total incluindo gratificações legais, mas o salário base.

Paupério, que é mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia, atribui o descumprimento do pagamento do piso salarial dos agentes ao Ministério da Saúde. “O governo federal prometeu, ao regulamentar o piso salarial dos trabalhadores no ano passado, repassar os recursos adicionais aos municípios para o custeio da folha de pagamento dos servidores. Eles [os servidores] querem o cumprimento imediato da lei sem que haja o repasse [da União]. A prefeitura está dizendo que não tem esse recurso e teríamos que alocar por ano, R$ 50 milhões de reais para pagar o valor, que já entendemos que já pagamos. Não nos negamos a pagar, apenas esperamos que seja cumprido o que está definido na legislação para fazer o pagamento”, disse o secretário.  

Lessa também disparou contra Paupério na questão do diálogo com a classe trabalhadora. “Sobre a condução do processo, eu diria que não foi um dia bom para o vereador Lessa. Acho que por conta dos embates que ele teve na Câmara com grupos sindicais acabou me escolhendo como bode expiatório dessa relação. Usou palavras fortes, não vou culpá-lo por isso, nós temos uma boa relação, em outro momento ele vai repensar melhor sobre isso”, amenizou.

A entrevista completa estará disponível, em breve, em nosso site em Entrevistas e também na WebTV Bocão News.

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