A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta terça-feira (18), o pedido de liberdade do empresário Fernando Baiano, investigado na Operação Lava Jato, informou o portal Terra. Ele está detido a nove meses, acusado de intermediar o pagamento de propina em contratos para aluguel de navios-sondas pela Petrobras.
Por unanimidade, a Turma entendeu que o empresário deve permanecer preso por tempo indeterminado devido à gravidade dos fatos investigados. Segundo o relator do processo, Teori Zavascki, Baiano tinha atuação semalhante a do doleiro Alberto Youssef, que intermediava o pagamento de propina em contratos da estatal.
Durante o julgamento, o advogado de Fernando Soares fez críticas a atuação do juiz Sérgio Moro e disse que a manutenção da prisão é ilegal. Ele acrescentou que o juiz coleciona prisões e desrespeita o direito de defesa. Na segunda-feira (17), Fernando Baiano foi condenado por Moro a 16 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como um dos operadores do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras e pagamento de propina a partidos e agentes políticos.