Política

Arthur Chioro critica a judicialização na saúde: injusta e desorganizada

Publicado em 18/08/2015, às 13h38   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



Em evento no Hotel Sheraton da Bahia nessa terça-feira (18), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, não poupou críticas ao recurso utilizado por muitos pacientes que é recorrer à Justiça para conseguir medicamentos ou procedimentos médicos. Durante seu discurso, o titular da pasta reclamou de uma reportagem na Globo que mostrou o caso de um paciente que conseguiu na Justiça a importação de um medicamento, mas o paciente se encontrava em estado terminal e o remédio não surtiu efeito. Chioro diz que sua fala foi limada na reportagem que, segundo ele, já estava pronta.

O ministro teceu críticas ao método judicial e apontou seus argumentos. “Não se trata de tirar o direito do brasileiro, que tem lá o seu direito negado pela operadora de plano de saúde, pela prefeitura, pelo estado ou Ministério de Saúde de ir lá à Justiça recorrer para ter direito ao seu medicamento. A estratégia de judicialização contra o setor público e mesmo contra o setor privado produz inequidade, desestabiliza o sistema. Vira uma arma, não de direito, mas vira arma do jeitinho brasileiro de conseguir vantagens”, reclamou.

“Cerca de 8% do que a gente gastará com medicamento será dessa forma, desorganizada e injusta que é a judicialização. Insisto, se for direito do cidadão, tem mais é que tentar mesmo, é um avanço da sociedade”, defende.

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