Política

Valmir Assunção defende o afastamento de Eduardo Cunha da presidência

Publicado em 05/08/2015, às 08h42   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



O deputado federal baiano Valmir Assunção (PT) usou a tribuna da Câmara Federal nessa quarta-feira (4) para pedir o afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), acusado de receber US$ 5 milhões em propina do delator Júlio Camargo que está preso pela operação Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. "Eu acho que a primeira atitude do presidente desta Casa deveria ser o pedido de licenciamento da presidência para responder a esse processo que, porventura, vai chegar até ele. Mas, não, o presidente da Casa disse que, a partir daquele momento, era oposição ao Poder Executivo. Está errado! Ele está quebrando o art. 2º da Constituição Federal, que diz que os poderes são independentes, mas têm que ser harmônicos", afirmou o petista. 
Após ser alvo do delator, Cunha anunciou que a partir daquele momento seria oposição ao governo federal, comportamento também criticado pelo parlamentar baiano. "Como é que ele, como presidente desta Casa, diz que é oposição ao governo, à presidente Dilma Rousseff, ao Poder Executivo? Não pode dizer isso! Isso rompe com a harmonia entre os poderes! Essa é uma preocupação que eu tenho, sem contar a preocupação dos 5 milhões de dólares. Eu já vi, nesta Casa, deputado que fazia parte da Mesa renunciar ao cargo porque recebeu uma passagem para viajar do Paraná até o Nordeste. E esses 5 milhões de dólares, eu tenho certeza de que eles não dariam para comprar uma passagem simplesmente, dariam para comprar um avião. Isso é terrível! Temos que tomar uma atitude nesta Casa, porque, senão, todos nós estaremos submetidos a conviver com essa situação delicada. Eu acho que a melhor atitude que o presidente da Casa poderia tomar seria pedir o afastamento, para as coisas voltarem ao normal", apontou Assunção.

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