Política

Tiago Cedraz articulou ida de Silvio Pinheiro e Araújo para Solidariedade

Publicado em 22/07/2015, às 12h40   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Tiago Cedraz, o filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, exerce forte influência no partido Solidariedade nacionalmente e na Bahia.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que o advogado, suspeito de receber propina da empreiteira UTC, é apontado por correligionários como "o homem que viabilizou financeiramente" a criação do partido comandado pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP).

Segundo o diário paulista, Tiago Cedraz também foi o responsável pela indicação de seu primo, Luciano Araújo, atual presidente do Solidariedade na Bahia e tesoureiro-geral da legenda. Araújo foi assessor parlamentar de Aroldo Cedraz até 2006, quando o presidente do TCU era deputado federal pela Bahia. Antes de ingressar no Solidariedade, Luciano atuava na política de Valente, cidade do sertão baiano, principal base política da família Cedraz.

Ainda conforme o jornal, Cedraz também atuou na filiação do atual secretário de Urbanismo de Salvador, Sílvio Pinheiro. O evento de filiação foi realizado no restaurante Barbacoa e contou com a presença do prefeito de ACM Neto (DEM). Também advogado, Pinheiro diz ter sido apresentado por Tiago Cedraz ao presidente nacional do partido, Paulinho da Força. Ainda confirma ser amigo e parceiro profissional do filho do ministro do TCU há mais de dez anos.


Tiago Cedraz

Questionado sobre sua atuação política no partido, Tiago Cedraz informou por meio de sua assessoria que exerce tão somente a função de "representar judicialmente os interesses do partido". Ele afirma, ainda, que exerce função de secretário de assuntos jurídicos "tão somente nas reuniões da executiva nacional" e complementa que não é filiado ao partido "por opção pessoal".

A reportagem ainda relembrou a influência de Tiago Cedraz nos rumos e na política de alianças do partido na Bahia, mesmo vivendo em Brasília. O filho do ministro do TCU é apontado como principal fiador de uma guinada política dada pelo Solidariedade da Bahia às vésperas das convenções da eleição de 2014. O partido já havia anunciado que apoiaria Rui Costa (PT) para o governo do Estado, mas acabou recuando para participar da chapa de Paulo Souto (DEM), derrotada nas urnas. A operação política, aprovada pela Executiva Nacional, desautorizou o presidente do partido na Bahia na época, o então deputado federal Marcos Medrado (SD-BA). Além dele, o ex-deputado Luiz Argôlo (SD-BA), hoje preso e indiciado por corrupção na Operação Lava Jato, também defendia o apoio ao PT. Quem tomou a frente e atuou em nome de Tiago Cedraz nas articulações do partido com a chapa oposicionista foi o deputado federal Artur Maia.

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